Em 24 de abril de 2013, em Dhaka, capital de Bangladesh, o prédio Rana Plaza desabou, matando pelo menos 377 pessoas, onde 3 mil trabalhavam no local no momento.
O prédio abrigava uma fábrica têxtil, que possuía como clientes lojas como a Primark, Children's Place, Monsoon, DressBarn e H&M.
Segundo relatos, os trabalhadores já haviam notado as rachaduras do antigo prédio, mas os donos apenas ignoraram as denúncias. Ao todo, oito pessoas foram presas por envolvimento direito na tragédia, incluindo o dono do prédio.
Seis meses antes dessa tragédia, no mesmo local, uma fábrica que fazia roupas para as lojas americanas Walmart foi incendiada, matando 100 trabalhadores, até então o maior acidente industrial já ocorrido em Bangladesh.
O movimento Fashion Revolution foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza.
"Além de tornar as pessoas por trás de nossas roupas invisíveis, a indústria da moda é ainda uma das maiores poluidoras do planeta, desde a extração da matéria-prima, passando pelos processos de fiação, tecelagem, beneficiamento, corte, costura até chegar no cuidado em casa e descarte. O alto consumo de água, energia, químicos tóxicos, as emissões de carbono e a produção de resíduos permeiam todo este cenário. Por exemplo, estima se que só no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, sejam produzidas 12 toneladas de resíduos têxteis por dia, segundo a Sinditêxtil-SP."
"A campanha #QuemFezMinhasRoupas surgiu para aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto no mundo, em todas as fases do processo de produção e consumo. Realizado inicialmente no dia 24 de abril, o Fashion Revolution Day ganhou força e hoje tornou-se a Semana Fashion Revolution, que conta com atividades promovidas por núcleos voluntários, em mais de 100 países."
Saiba mais sobre o movimento no site FASHIONREVOLUTION
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