Dizem que a beleza está nos olhos de quem vê, como se o que é belo, fosse decidido por cada um, mas será mesmo? Se eu te pedir para citar alguém que você acha a pessoa mais linda do mundo, quem seria? Deixa eu adivinhar: Angelina Jolie? Chris Evans? Chris Hemsworth? Scarlett Johansson? Acertei?
O belo é construído socialmente, nos imposto pela sociedade e disseminado pela mídia.
Com a globalização, o padrão de beleza Europeu se tornou popular e o que existe nos Estados Unidos, não se difere tanto.
Pessoas brancas, pele bronzeada, dentes brancos, corpos magros, lábios grandes, quadris e peitos grandes.
Um estudo da São Francisco State University revelou que enquanto mulheres sofrem com a pressão midiática para serem magras, os homens sofrem pressão para serem musculosos.
O corpo ideal para os americanos tem um torso mais largo, com ombros, bíceps e peitorais musculosos. “Corpo em V” é um termo chave.
Nos últimos anos o tipo barbado que usa camisa xadrez se tornou mais popular entre os americanos e até ganhou o termo “lumbersexual”.
Segundo um estudo de diversidade de Hollywood de 2015, 83.3% dos protagonistas de filmes lançados em 2013 eram brancos.
Como todos os padrões de beleza, a maioria dos americanos não atendem esses padrões. Estudos indicam que aproximadamente 200 milhões de mulheres usam tamanho 46 ou mais apenas na América do Norte e 68% sofrem com sobrepeso.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos), 70 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de algum tipo de transtorno alimentar, mas somente de 10% a 15% das pessoas acometidas são homens, segundo dados do American Journal of Psychiatry.
Um levantamento com 3.400 entrevistadas, com idade entre 15 e 64 anos, realizado em dez países, em 2004, mostra que nove em cada dez mulheres querem mudar algum aspecto de sua aparência.
Inspirada em uma cena do filme "Beleza Americana" a fotógrafa Carey Fruth criou um ensaio fotográfico questionando esse padrão de beleza e exaltando a diferença entre os corpos.
Devemos nos lembrar que, em um mundo tão diverso em formas, cores e gêneros, a verdadeira beleza é a nossa própria confiança.
Por: Mayara Martins
Comments